O Sistema de Limpeza Urbana é composto basicamente pelos seguintes serviços:

Varrição e capina de ruas, avenidas e praças:

Varrição ou varredura é a principal atividade de limpeza de logradouros públicos. O conjunto de resíduos como areia, folhas carregadas pelo vento, papeis, pontas de cigarros, por exemplos, constitui o chamado lixo público, cuja composição, em cada local, é função de: Arborização existente; Intensidade de trânsito de veículos; Calçamento e estado de conservação do logradouro; Uso dominante (residencial, comercial, etc.) e Circulação de pedestre.

Um fator que muito influencia a limpeza de uma cidade é o grau de educação sanitária da população. Todos deveriam estar conscientes que mais importante que limpar é não sujar! O próprio Poder Público pode dar o exemplo, plantando nas ruas árvores que não percam muitas folhas em certas estações, instalando caixas coletoras bem visíveis por toda parte. Com medidas do gênero, haverá uma significativa diminuição do trabalho de limpeza.

Coleta transporte e destinação final de resíduos sólidos

Na gestão e gerenciamento de resíduos sólidos, deve ser observada a seguinte ordem de prioridade: não geração, redução, reutilização, reciclagem, tratamento dos resíduos sólidos e disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos.

O lixo é um dos maiores problemas da sociedade moderna. Dentro do processo de reciclagem, a coleta seletiva é uma etapa fundamental. Através dela, os resíduos recicláveis são separados dos demais resíduos, recolhidos por empresas responsáveis pela limpeza urbana.

Coleta Seletiva

A Conferência da ONU sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, a Rio/92, preconiza que se deve minimizar o lixo por meio dos 3R:
I. REDUZIR – gerar menos lixo, evitando o desperdício;
II. REUTILIZAR – prolongar a vida dos materiais;
II. RECICLAR – produzir um novo produto a partir do velho, ou seja, retornar os resíduos à cadeia produtiva;

COLETA SELETIVA é o processo pelo qual os resíduos sólidos são recolhidos separadamente, a princípio em dois tipos: o orgânico (resíduo úmido/ compostável) e o inorgânico (resíduo seco/reciclável). A coleta seletiva pressupõe que os materiais sejam separados nos lugares onde o lixo é gerado – residências, escritórios, escolas, associações, indústrias e igrejas -, devendo preferencialmente, ser enfardados e transportados aos destinatários para comercialização.

RESÍDUOS ORGÂNICOS (ÚMIDOS) compreendem restos de alimentos, cascas e caroços de frutas, ramos e folhas de poda de árvores e resíduos de jardinagem, basicamente.

RESÍDUOS INORGÂNICOS (SECOS) são aqueles que podem ser encaminhados a reuso ou reciclagem para retorno ao processo produtivo.

RESÍDUOS NÃO-RECICLÁVEIS (REJEITOS) não devem ser misturados ao material da coleta seletiva e devem ser encaminhados ao aterro sanitário.

Um programa de coleta seletiva deve contemplar a participação dos catadores, comunidade e da administração pública, está incentivando a formação de associações, dotando-as de uma infraestrutura, mínima que seja. Mesmo com a segregação na fonte, a existência de um centro de triagem, onde os recicláveis são separados por tipo, é de grande importância para o abastecimento do mercado de materiais recicláveis e como suporte para a indústria recicladora.
(Coleta seletiva, Fonte: FEAM–Fundação Estadual do Meio Ambiente)

Aterro Controlado

Segundo a NBR 8849/1985 da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), o aterro controlado é uma técnica de disposição de resíduos sólidos urbanos no solo, sem causar danos ou riscos à saúde pública e à segurança, minimizando os impactos ambientais. Esse método utiliza princípios de engenharia para confinar os resíduos sólidos, cobrindo-os com uma camada de material inerte na conclusão de cada jornada de trabalho.

Com essa técnica de disposição produz-se, em geral, poluição localizada, não havendo impermeabilização de base (comprometendo a qualidade do solo e das águas subterrâneas), nem sistema de tratamento de percolado (chorume mais água de infiltração) ou de extração e queima controlada dos gases gerados. O aterro controlado é preferível ao lixão, mas apresenta qualidade bastante inferior ao aterro sanitário.

Limpeza de Córregos e áreas verdes:

Monitorar e fazer melhorias nas condições ambientais dos córregos e canais existentes no município, através de capina e roçada (manual e/ou mecanizada) das margens/leito, retirada de entulho, lama, lixo, mato e demais materiais dos córregos do município com posterior remoção, acondicionamento e destinação final dos resíduos resultantes. Esta é a função deste importante serviço realizado pelo SAAE através de empresa terceirizada.

Poda

A poda, na arborização urbana, visa basicamente conferir à árvore uma forma adequada durante o seu desenvolvimento. Entre os tipos de podas podemos citar:
I. A poda de formação é empregada para substituir os mecanismos naturais que inibem as brotações laterais e para conferir à árvore crescimento ereto e à copa altura que permita o livre trânsito de pedestres de veículos.

II. A poda de limpeza é empregada para evitar que a queda de ramos mortos coloque em risco a integridade física das pessoas e do patrimônio público e particular, bem como para impedir o emprego de agrotóxicos no meio urbano e evitar que a permanência de ramos danificados comprometa o desenvolvimento sadio das árvores.

III. A poda de emergência, a mais traumática para a árvore e para a vida urbana, é empregada para remover partes da árvore que colocam em risco a integridade física das pessoas ou do patrimônio público ou particular.

IV. A poda de adequação é empregada para solucionar ou amenizar conflitos entre equipamentos urbanos e a arborização. É motivada pela escolha inadequada da espécie, pela não realização da poda de formação, e principalmente por alterações do uso do solo, do subsolo e do espaço aéreo. A substituição do uso residencial do solo com recuo da edificação pelo uso comercial sem recuo da edificação, assim como o alargamento do leito carroçável com redução da largura do passeio público e/ou do canteiro central, causou e tem causado conflitos entre a nova situação e a arborização pré-existente. Conflitos semelhantes são estabelecidos com a instalação de redes aéreas e subterrâneas em áreas já arborizadas, mudando assim o uso do subsolo e do espaço aéreo. Deste modo, a prevenção da poda de emergência somente em parte pode ser atingida com o plantio adequado. Para maior alcance, é necessário um amplo planejamento da arborização, envolvendo a observação das normas existentes e o adequado uso do solo, do subsolo e do espaço aéreo.

Época de Poda

A época ideal de poda varia com o padrão de repouso de cada espécie. Nas espécies utilizadas na arborização urbana, podem ser reconhecidos três diferentes padrões de repouso:
I. Espécies com repouso real: São espécies decíduas que entram em repouso após a perda das folhas. A melhor época para a poda é compreendida entre o início do período vegetativo e o início do florescimento. A época em que a poda mostra se mais prejudicial à planta é compreendida entre o período de pleno florescimento e o de frutificação.

II. Espécies com repouso falso: São espécies caducifólias que não entram em repouso após a perda das folhas. Para essas espécies, a melhor época para a poda é compreendida entre o final do florescimento e o início do período vegetativo. A época em que a poda mostra-se mais prejudicial à planta é compreendida entre o período de repouso e o de pleno florescimento. Nas situações em que se queira coletar frutos ou sementes, a poda pode ser postergada para o final da frutificação sem grandes prejuízos para as espécies que apresentam este padrão de repouso.

III. Espécies sem repouso aparente (ou de folhagem permanente): São espécies perenifólias, que apresentam manifestações externas de repouso de difícil observação. Para essas espécies, a melhor época para a poda é compreendida entre o final do florescimento e o início da frutificação. A época em que a poda mostra-se mais prejudicial à planta é a compreendida entre o período de repouso e o início do período vegetativo.

Poda de Raíz

Objetivo: o afloramento de raízes, nas situações em que não é uma característica da espécie, é motivado pela redução da aeração da camada superficial do solo, quer pela impermeabilização ou compactação, quer pela existência de lençol freático alto, entre outros motivos.

A poda de raiz tem sido empregada para solucionar os transtornos causados pelo afloramento de raízes. No entanto, esta prática deve ser evitada na arborização urbana, principalmente por comprometer a estabilidade da árvore, além de diminuir a absorção de água e sais minerais e criar uma área de contaminação que poderá, mais tarde, comprometer toda a estrutura da base da árvore.

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